A Medalha de São Bento
Embora São Bento tenha venerado a Santa Cruz - que é nossa saúde, redenção e vida - durante toda a sua vida, e tenha usado este símbolo quando tinha que realizar algo importante - como se pode ver no Livro II dos Diálogos de São Gregório Magno - a maneira e a ocasião em que nosso Patriarca nos deu a medalha da Santa Cruz e começou a ensinar a prática de suas orações é incerta.
O que parece certo, sem nenhum tipo de obscuridade, é que a medalha teve sua origem associada a um milagre ocorrido nos primórdios do século XI. No dia 16 de agosto de 1002, nasceu Bruno, filho de Hugo, conde de Eginiskeim, e de Edwiges. Sua mãe foi avisada em sonhos, por certo venerável monge, que seu filho alcançaria grande mérito diante de Deus; e, além disso, quando de seu nascimento, o corpo do menino apareceu cheio de cruzes, impressas de modo admirável.
Mais tarde, Bruno, que era franzino, foi acometido por uma enfermidade. Lutou por mais de dois meses, entre a vida e a morte. Foi durante essa batalha que viu uma escada, rodeada de esplendor, que subia desde sua cama até o céu, e por onde descia um ancião de aspecto venerável, vestido com o hábito monástico. Esse monge, colocando-lhe uma cruz sobre a boca, devolveu-lhe a saúde. Bruno afirmou repetidas vezes a seu amigo Adalberono que ele, em meio àquela luz, reconhecera perfeitamente ao beato patriarca dos monges beneditinos, que era quem lhe pusera a cruz sobre a boca. Bruno tornou-se monge e, depois, bispo de Tullense, sendo, por fim, eleito Sumo Pontífice da sede romana no ano de 1048, adotando o nome de Leão IX, e, mais tarde, colocando-se entre os santos. Seu amigo Adalberono, que foi bispo de Metten, espalhou o feito a todo o mundo.
No ano de 1647, encontrou-se no Mosteiro de Metten um códice em pergaminho que continha a descrição da cruz e medalha de São Bento. Foi com base nesse pergaminho que se cunhou e entregou a medalha aos fiéis cristãos.
O formato mais tradicional da medalha é o que foi cunhado em Monte Cassino no ano de 1880:
Numa face da santa medalha vê-se figura de São Bento, trazendo na mão esquerda o livro da Regra com suas palavras iniciais: “Escuta, ó filho, os preceitos do mestre”, traz na direita a Santa Cruz, sinal da vitória de Cristo sobre o mal e a morte.
São Bento está em pé adiante de um trono, símbolo do múnus abacial de ensino e governo,
ladeado pelas palavras “Cruz do santo pai Bento”.
Mais abaixo vê-se, o corvo com o pão no bico e o cálice partido, com a serpente, simbolizando a vitória do santo, com o sinal da cruz, sobre as tentativas de envenenamento.
Na parte inferior está o nome do Mosteiro de Monte Cassino, fundado por São Bento, com o ano 1880, XIV centenário da morte do santo.
Em torno, a seguinte prece:
Sejamos agraciados com sua presença na nossa morte.
Na outra face temos a Santa Cruz desenhada em forma grega (quatro lados iguais), marcada nos quatro ângulos com as iniciais
C.S.P.B. que resumem: Crux Sancti Patris Benedicti. (Cruz do Patriarca São Bento)
Na linha vertical da cruz se lê:
C.S.S.M.L. Crux Sacra Sit Mihi Lux (A Cruz sagrada seja minha luz) .
Na linha horizontal:
N.D.S.M.D. Non Draco Sit Mihi Dux (Não seja o dragão o meu guia)
Em torno da medalha: V.R.S. N.S.M.V. S.M.Q.L. I.V.B.
São as niciais das palavras latinas que formam os versos seguintes:
Vade Retro, Satana;
Nunquam Suade Mihi Vana;
Sunt Mala Quae Libas;
Ipse Venena Bibas.
Em português: Afasta-te, satanás. Nunca me aconselhes coisas vãs. É mau o que tu ofereces, bebe tu mesmo o teu veneno.
Encimando a medalha o lema beneditino: PAX (Paz)
Modos de usar a medalha:
Para conseguir seus saudáveis efeitos nas nossas necessidades espirituais e corporais, e para que nos defenda, especialmente contra os ataques do espírito maligno, a Igreja dispôs que, ao serem bentas as medalhas, se digam orações especiais.
A medalha deve ser levada no peito, ou de outro modo sobre a pessoa. Pode se colocar também nas portas das casas; alguns as enterram no solo.
Aplica-se, em caso de doença, à parte dolorida ou enferma. Para os animais doentes, mergulha-se a medalha na água que devem beber.
São inumeráveis os casos em que o Senhor tem confirmado nos fiéis a devoção à medalha milagrosa de São Bento. Tem-se experimentado sua eficácia de modo especial conseguindo-se repentinas conversões, muitas até mesmo na hora da morte; salvando-se mães e filhos na hora do parto; preservando de raios, tempestades, pestes, doenças, venenos e outros perigos, assim como da influência do espírito maligno.
Nenhuma oração foi ensinada para se alcançar essas graças, porém é costume se beijar a medalha. Alguns rezam, ao pedir estas graças, cinco Glórias ao Pai, em memória da Paixão do Senhor, três ave-marias, em honra à Santíssima Virgem, e um Pai Nosso, para alcançar a intercessão de São Bento.
A medalha deve ser benta pelos sacerdotes beneditinos e deve ter a imagem do santo e a cruz com todas as iniciais. A arte e o engenho de piedosos artistas desenharam versões diversas da santa medalha, porém, preservando sempre os elementos da efígie do Santo Patriarca, o sinal da Santa Cruz e as letras iniciais apresentadas acima.
Muitas indulgências foram concedidas, ao longo dos séculos, aos que usam a medalha e praticam a devoção a São Bento.
O que parece certo, sem nenhum tipo de obscuridade, é que a medalha teve sua origem associada a um milagre ocorrido nos primórdios do século XI. No dia 16 de agosto de 1002, nasceu Bruno, filho de Hugo, conde de Eginiskeim, e de Edwiges. Sua mãe foi avisada em sonhos, por certo venerável monge, que seu filho alcançaria grande mérito diante de Deus; e, além disso, quando de seu nascimento, o corpo do menino apareceu cheio de cruzes, impressas de modo admirável.
Mais tarde, Bruno, que era franzino, foi acometido por uma enfermidade. Lutou por mais de dois meses, entre a vida e a morte. Foi durante essa batalha que viu uma escada, rodeada de esplendor, que subia desde sua cama até o céu, e por onde descia um ancião de aspecto venerável, vestido com o hábito monástico. Esse monge, colocando-lhe uma cruz sobre a boca, devolveu-lhe a saúde. Bruno afirmou repetidas vezes a seu amigo Adalberono que ele, em meio àquela luz, reconhecera perfeitamente ao beato patriarca dos monges beneditinos, que era quem lhe pusera a cruz sobre a boca. Bruno tornou-se monge e, depois, bispo de Tullense, sendo, por fim, eleito Sumo Pontífice da sede romana no ano de 1048, adotando o nome de Leão IX, e, mais tarde, colocando-se entre os santos. Seu amigo Adalberono, que foi bispo de Metten, espalhou o feito a todo o mundo.
No ano de 1647, encontrou-se no Mosteiro de Metten um códice em pergaminho que continha a descrição da cruz e medalha de São Bento. Foi com base nesse pergaminho que se cunhou e entregou a medalha aos fiéis cristãos.
O formato mais tradicional da medalha é o que foi cunhado em Monte Cassino no ano de 1880:
Numa face da santa medalha vê-se figura de São Bento, trazendo na mão esquerda o livro da Regra com suas palavras iniciais: “Escuta, ó filho, os preceitos do mestre”, traz na direita a Santa Cruz, sinal da vitória de Cristo sobre o mal e a morte.
São Bento está em pé adiante de um trono, símbolo do múnus abacial de ensino e governo,
ladeado pelas palavras “Cruz do santo pai Bento”.
Mais abaixo vê-se, o corvo com o pão no bico e o cálice partido, com a serpente, simbolizando a vitória do santo, com o sinal da cruz, sobre as tentativas de envenenamento.
Na parte inferior está o nome do Mosteiro de Monte Cassino, fundado por São Bento, com o ano 1880, XIV centenário da morte do santo.
Em torno, a seguinte prece:
Sejamos agraciados com sua presença na nossa morte.
Na outra face temos a Santa Cruz desenhada em forma grega (quatro lados iguais), marcada nos quatro ângulos com as iniciais
C.S.P.B. que resumem: Crux Sancti Patris Benedicti. (Cruz do Patriarca São Bento)
Na linha vertical da cruz se lê:
C.S.S.M.L. Crux Sacra Sit Mihi Lux (A Cruz sagrada seja minha luz) .
Na linha horizontal:
N.D.S.M.D. Non Draco Sit Mihi Dux (Não seja o dragão o meu guia)
Em torno da medalha: V.R.S. N.S.M.V. S.M.Q.L. I.V.B.
São as niciais das palavras latinas que formam os versos seguintes:
Vade Retro, Satana;
Nunquam Suade Mihi Vana;
Sunt Mala Quae Libas;
Ipse Venena Bibas.
Em português: Afasta-te, satanás. Nunca me aconselhes coisas vãs. É mau o que tu ofereces, bebe tu mesmo o teu veneno.
Encimando a medalha o lema beneditino: PAX (Paz)
Modos de usar a medalha:
Para conseguir seus saudáveis efeitos nas nossas necessidades espirituais e corporais, e para que nos defenda, especialmente contra os ataques do espírito maligno, a Igreja dispôs que, ao serem bentas as medalhas, se digam orações especiais.
A medalha deve ser levada no peito, ou de outro modo sobre a pessoa. Pode se colocar também nas portas das casas; alguns as enterram no solo.
Aplica-se, em caso de doença, à parte dolorida ou enferma. Para os animais doentes, mergulha-se a medalha na água que devem beber.
São inumeráveis os casos em que o Senhor tem confirmado nos fiéis a devoção à medalha milagrosa de São Bento. Tem-se experimentado sua eficácia de modo especial conseguindo-se repentinas conversões, muitas até mesmo na hora da morte; salvando-se mães e filhos na hora do parto; preservando de raios, tempestades, pestes, doenças, venenos e outros perigos, assim como da influência do espírito maligno.
Nenhuma oração foi ensinada para se alcançar essas graças, porém é costume se beijar a medalha. Alguns rezam, ao pedir estas graças, cinco Glórias ao Pai, em memória da Paixão do Senhor, três ave-marias, em honra à Santíssima Virgem, e um Pai Nosso, para alcançar a intercessão de São Bento.
A medalha deve ser benta pelos sacerdotes beneditinos e deve ter a imagem do santo e a cruz com todas as iniciais. A arte e o engenho de piedosos artistas desenharam versões diversas da santa medalha, porém, preservando sempre os elementos da efígie do Santo Patriarca, o sinal da Santa Cruz e as letras iniciais apresentadas acima.
Muitas indulgências foram concedidas, ao longo dos séculos, aos que usam a medalha e praticam a devoção a São Bento.
http://www.mosteirosaobento.com.br/index.php/vida-monastica/sao-bento/medalha
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