EXORCISMO E BENÇÃO DE SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA
O exorcismo de Santo Antônio significa tanto quanto a sentença do desterro, do exílio ou expulsão dos espíritos malignos. Melhor seria a
denominação “benção” de Santo Antônio de Pádua. O santo abençoava e abençoa os fiéis, com as suas casas e qualquer bem, defende-os das influências malignas de Lúcifer e de seus adeptos diabólicos, ou os afugenta de onde estes se instalam e causam infortúnio. A expressão “Exorcismo” é a original, encontra-se em crônicas antigas e foi impressa em telas, ou escrito sobre pergaminho ou papel. As crônicas relatam sobre a origem do exorcismo.
Em Santarém, Portugal, outrora sede do governo, vivia no tempo de Dionys uma senhora que venerava muito Santo Antônio. Ela era muito molestada pelo espírito maligno. Este lhe apareceu na figura do Redentor e a animava a se atirar no Rio Tejo, em expiação de seus pecados, para se afogar e assim ir ao céu! A senhora se deixou lograr.
No caminho para o rio, ela chegou numa igreja, na qual estavam comemorando a festa de Santo Antônio. Felizmente, ela entrou na igreja
para fazer mais uma oração. Ante o altar, na capela de Santo Antônio, ela implorou ao grande santo milagroso, para lhe revelar se ela realizaria uma obra agradável a Deus, caso executasse o seu propósito. Vencida pelo medo, dúvida, confusão e fadiga, adormeceu. Santo Antonio lhe apareceu e disse: “Ó mulher, levanta e conserva este bilhete cuidadosamente contigo, pelo qual alcançarás a saúde e serás libertada das ciladas do demônio.” Ela acordou e encontrou uma folha de pergaminho, pendurada no seu pescoço, na qual estavam escritas palavras douradas, que depois foram chamadas o exorcismo de Santo Antônio (ou breve de Santo Antônio.)
Enquanto a senhora levava consigo o pergaminho, ela estava livre de
todas as ciladas diabólicas. Ela contou o acontecimento ao seu marido.
O rei ficou sabendo disto e queria ver o pergaminho. A senhora mal o havia dado ao rei, quando começaram novamente as ciladas. Ela pediu ao rei que lhe devolvesse o pergaminho, mas o rei mandou fazer uma cópia, que fazia o mesmo efeito.
Ela sempre levava consigo este escrito e ainda viveu 20 anos em perfeita saúde, sem ser novamente molestada pelo maligno. Santo Antônio, quando ainda era menino, espantou o espírito maligno pelo sinal da Santa Cruz e, mais tarde, experimentou a força do sinal da nossa redenção. Por isso não nos devemos admirar, que ele recomendava fazer o sinal da cruz, como meio infalível, contra as tentações e ataques do inferno.
Do exorcismo já se fala em livros antigos, que é muito útil “o levar consigo para se proteger contra a influência do maligno, do demônio.”
Também foi recomendado prender o exorcismo nas portas da casa e dos quartos, etc. para impedir a entrada desses espíritos impuros. Este exorcismo foi, portanto, compreensivelmente utilizado por muitos e, em forma, de escapulário posto ao redor do pescoço ou costurado nos vestidos. Ultimamente este exorcismo está sendo usado com devoção.
Muitos o levam sempre consigo, rezam-no uma vez ao dia, devotamente, e se recomendam à proteção de Santo Antônio.
O simples uso deste exorcismo não deve ser considerado como proteção
infalível, a confiança, no auxílio de Deus e na proteção de Santo Antônio, deve ser o principal, pois a fé é o sustento de uma vida cristã. Quanto maior for a culpa, tanto mais o espírito maligno pode causar infortúnios.
O exorcismo de Santo Antônio é o seguinte:
“Ecce crucem Domini! Fugite, partes adversae! Vicit Leo de tribu Juda, radix David. Alleluja!”
“Eis a cruz do Senhor! Fugi, vós forças inimigas! Venceu o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi. Aleluia!”
Esta oração é assim denominada exorcismo de Santo Antônio. O Papa Sixtus V o mandou esculpir ao pé do grande obelisco (em Roma, na Praça de São Pedro.) O Papa Leão XIII concedeu, dia 21 de maio de 1892, uma indulgência de 100 dias, para quem rezasse esta oração uma vez ao dia, contrito e devotamente
(também pode ser aplicada às almas do purgatório.)
Fonte: Telegram
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